sexta-feira, 14 de junho de 2013

SAÚDE! TER OU NÃO TER.

É indiscutível e indubitavelmente necessário que um novo modelo seja pensado e  colocado em pratica para o setor da saúde do município de Salinópolis. Um choque de gestão para cobrir o buraco produzido pela ausência do Estado e Município nessa área. É salutar que seu funcionamento ocorra de forma a atender todas as conveniências do que é saudável ou são para o bom desempenho do nosso organismo e a manutenção de vidas.



                 Boa saúde não se obtém apenas com boa alimentação, mas, com uma vida regrada, ausência de sedentarismo, atividade espiritual, boa vizinhança, ambiente de moradia e trabalho harmônico. No entanto, sobretudo, tudo isso acompanhado de bons postos de saúde com numero suficiente de ótimos médicos para atender a toda a demanda e hospitais bem organizados nas suas partes ou dos elementos que formam seu todo, equipados de todas as estruturas necessárias para receber com dignidade aqueles que buscam por esse tipo de serviço publico, principalmente os esquecidos pelas estruturas e poderes constituídos, os quais foram cobertos de promessas.
Salinópolis vive hoje muito mais do que ontem um estado de calamidade pública na área da saúde, uma vez que o único hospital regional, que atende não apenas a sede municipal, mas as vilas e outros 16 municípios próximos, está junto a seus pacientes agonizando no “balão de oxigênio”. Nos postos de saúde, o comportamento não é diferente pois, nestas unidades também com ausência de estruturas, falta médico, remédio, gaze, esparadrapo, ambulância e outros insumos para um bom atendimento aos que procuram diariamente por serviços de natureza médica.
Nos últimos meses, uma série de acontecimentos afirma e torna musculoso o abandono em que se encontra a saúde pública municipal e estadual na nossa divisão administrativa, com governo próprio e câmara de vereadores. Atendimentos precários a anônimos, estrelas, autoridades, servidores públicos civis e militares, trabalhadores da iniciativa privada, filhos de autoridades e até o sogro, com nossas devidas condolências a viúva, daquele que exerce o nosso executivo. Muitos desses descalabros resultaram e resultam em morte de anônimos que não produziu comoção coletiva na sociedade local e muito menos o distrato de servidores contratados ou a exoneração de servidor público, pois a morte de anônimos no hospital regional de Salinópolis tornou-se lugar comum.
Mas, convém lembrar que a morte do sogro do prefeito que foi transladado para Belém numa ambulância sem a mínima estrutura, sem a presença de um profissional da enfermagem - semelhante ao translado dos anônimos que também tem sua vida ceifada - e que antes do meio da viagem teve que retornar ao ponto de origem e acabou tendo sua vida também ceifada pela morte, gerou um episodio que implicou em distrato imediato, talvez naquele momento, da única médica do hospital regional e do posto de saúde da Prainha do nosso município por determinação do gestor municipal.
Será que a morte do dito cidadão, sogro do prefeito municipal ocorreu por negligencia ou por ausência de estrutura médica? Se todas as mortes que ocorrem no nosso município dentro das estruturas físicas do único hospital regional, nas dependências dos postos de saúde municipal ou nas ambulâncias a caminhos de maiores centros onde se imagina melhor atendimento, implicasse em distrato ou exoneração de profissionais da múltipla área do setor de saúde, Salinópolis que já é carente desses profissionais, ficará mais carente como ficou. Será que o distrato ocorreu por que o óbito se deu dentro do ceio familiar da maior autoridade do município? É Incomoda a política dos dois pesos duas medidas, já que a vida ceifada dos anônimos não distrata médicos, mas a morte do sogro do prefeito produzida muito mais pela falta de estrutura do que por negligencia, pois a coleta de informação, referenda que a médica envolvida no evento é clamada pelos seus pacientes como eficiente, integra, produz distrato sumário, deixando a população do município ainda mais carente de saúde, e ai o silencio é profundo e a saúde dormiu. Demissões, então, nesse sentido, pode gerar eficiência? Então demitisse para gerar eficiência, simples para uma causa e efeito não tão simples.

Salinas, “quero viver um sonho. Viver no paraíso do mar vivi. Quem não passou por aqui. Ainda não pode morrer.”

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