Banho de água fria da Petrobrás em Salinópolis
Participamos nesta sexta-feira, 09, da Audiência Pública em Salinópolis, no nordeste paraense, cujo tema debatido foi a exploração de petróleo na costa do município, distante 220 km de Belém. A Petrobrás e o Ministério das Minas e Energia marcaram presença para expor a real situação das pesquisas feitas na região.
A Petrobras vem realizando desde 2011 trabalhos de pesquisa em Salinópolis e a instalação de uma plataforma para exploração é esperada com expectativa pela prefeitura do município, que prevê um crescimento de receita e investimentos significativos na estrutura do balneário.
Salinópolis esperava por informações positivas na Audiência Pública, mas, o que se viu foi um banho de água fria por parte da Petrobrás, que na verdade ainda não está explorando petróleo na região. Existem apenas estudos.
Para surpresa de todos, a Petrobrás confirmou a 11ª rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), na qual um leilão foi arrematado por R$ 80,4 milhões pelo grupo Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (30%) e Pacific Brasil Exploração e Produção de Óleo e Gás Ltda. (70%), que terão de cinco a oito anos para explorar 1.538,6 km² dos 3.846 km² que compõe a bacia localizada apenas no Maranhão. E que nenhuma empresa se interessou pelos dois leilões para exploração na costa de Salinópolis. Foi uma decepção total para os presentes ao encontro.
por: EDILSON MOURA
Tucanos indiciados por receber propina em SP
A Polícia Federal indiciou dois ex-secretários, dois diretores da estatal de energia EPTE (ex-Eletropaulo), consultores e executivos da Alstom - dez pessoas no total – por suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do Estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom.
A Justiça Suíça bloqueou 7,5 milhões, referentes à suposta propina - de uma conta conjunta no Banco Safdié em nome de Jorge Fagali Neto e de José Geraldo Villas Boas. Fagali é ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão Fernando Henrique Cardoso. Villas Boas é dono de uma das offshores acusadas de lavar dinheiro do esquema. A informação é do Estadão.
Outros três agentes públicos foram acusados de corrupção passiva: o ex-secretário de Energia e vereador Andrea Matarazzo (PSDB), o ex-presidente da EPTE Eduardo José Bernini e o ex-diretor financeiro da empresa Henrique Fingermann.
"Matarazzo era secretário de Energia e pertencia ao partido político que governava São Paulo à época, motivo pelo qual se conclui pela existência de um conjunto robusto de indícios de que ele tenha se beneficiado, juntamente com o partido político, das vantagens indevidas então arquitetadas pelo grupo Alstom", justificou o delegado Milton Fornazari Junior.
Segundo a PF, os beneficiários finais da corrupção eram "servidores públicos do governo no primeiro semestre de 1998", na gestão de Mário Covas (PSDB).
FONTE: BLOG DA ANA JÚLIA CAREPA