quinta-feira, 11 de abril de 2013

Violência e Juventude no Pará III ( Alternativa de Educação) Educação e Juventude


No final-de-semana próximo, o deputado Puty participa de Conferências de Educação em municípios do estado, na Região Nordeste e Sudeste. Nas pautas, os avanços das políticas para educação, seja para discutir o acesso, as melhorias, a ampliação da rede pública; para discutir temas que envolvem os papéis da escola, das universidades e da sociedade na formação da juventude. A violência, sem dúvida, está no centro desses debates.

Puty tem falado que a educação é a arma mais poderosa para combater a violência entre os jovens, mas lembra que a segurança pública, que, hoje, no estado do Pará, é mais bandeira que política, e contribui para o avanço da violência, que mata jovens e adolescentes sem que os mesmos tenham oportunidades de inclusão que evitem iniciarem uma carreira no crime. Afirma o deputado:

"A educação é, sem dúvida, um processo transformador, pois o acesso ao conhecimento, as experiências com o conhecimento são capazes de provocar mudanças sociais. O sistema de cotas tem sido uma das alternativas possíveis de enfrentamento dessas tristes realidades que envolvem a juventude com crime de diversas naturezas. O sistema de cotas promoveu também um debate étnico importante no nosso país num momento em que o mundo, a sociedade tem nos motivado a enfrentar o racismo e quaisquer formas de preconceito. De modo que, discutir, contribuir com elaborações de políticas de combate à violência juvenil é discutir a base de melhorias para a educação, e isso envolve discutir a segurança, saúde,  cultura, trabalho, emprego e um pacote de ações de inclusão, principalmente de jovens mais pobres e excluídos do país". (Puty)

Violênia e Preconceito 

O  Mapa da Violência - a cor dos homicídios no Brasil, falamos, ontem, apresenta dados e análises que mostram que adolescentes e jovens com idades entre 12 e 21 anos de idade que foram assassinados no Pará têm um perfil de vulnerabilidade social, que pode coincidir com o resto do Brasil. Uma prova concreta de que os assassinatos são relacionados com o preconceito e discriminação é que cerca de 90% dos jovens mortos no Pará  são negros.
O papel da polícia, de políticas de segurança de um modo geral e educação são coisas que devem caminhar juntas, para que os direitos de crianças, jovens e adolescentes devam ser respeitados e para que a violência seja combatida nas raízes.

E mais:
 


Ícaro dos Santos -cotista- Medicina da UFba
Há dez anos, o primeiro aluno negro, Ícaro dos Santos, ingressou em uma universidade pública como cotista no curso de Medicina da UFBa.

Muita gente apostava que o índice de evasão aumentaria, e que isso resultaria na má qualidade dos que chegariam aos cursos superior pelo sistema de cotas. Preconceito.
Há quem tenha anunciado que o ódio racial acabaria com o clima de paz, e a segregação silenciosa  se instalaria de vez. Pessimismo.


Foto: IstoéGente, abril 2013 - Ícaro, 10 anos depois,
 doutor, clínico geral do PSF na Bahia.
               
                    Agora o sistema é Lei, que define cotas sociais e raciais para o acesso às universidades públicas. Felizmente, nenhuma das situações pessimistas se confirmaram.
Uma pesquisa na UFRJ, demonstra que os índices seja na parovação por seleção em vestibular, como nas médias curriculares têm uma diferença entre cotistas e não cotistas menor variam entre 1% e 11%, dependendo do curso, o que é perfeitamente razoável, e estatisticamente pouco significativo. 
Na UERJ, outra pesquisa que analisou vários cursos durante 5 anos, aponta que a média dos cotistas é de 6,41, enquanto a dos não cotistas é de 6,37 pontos, e isso varia entre cursos como Letras e Engenharia da Computação. 
Pesquisas similares foram realizadas também na Unicamp e os resultados também apontam um desempenho dos cotistas dentro ou acima da média esperada. Isso implica não só num novo quadro das universidades públicas brasileiras, mas também um quadro novo do mercado de trabalho com mais oportunidades para jovens negros.

Políticas Públicas 
Sobre o PROUNI, PRONATEC e todos os programas de acesso ao ensino público técnico e superior.

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